terça-feira, 7 de agosto de 2007

Os Nerds também vingam

Astolphinho era o típico nerd, ninguém dava bola para ele. A não ser os os pais e os caras do fundão. Os pais por motivos óbvios, já os caras do fundão adoravam tirar uma onda com a cara dele. As sacanagens que faziam com Astolphinho não sensibilizavam os colegas da escola. Os colegas se limitavam a rir da cara dele, no máximo ajudavam ele a sair de dentro da lixeira.
Astolphinho não gostava de ninguém da idade dele, mas apesar de tudo nunca contava aos pais o que acontecia na escola. Eles achavam que ia tudo bem por causa das boas notas do garoto. E também porque a professora Adélia nunca mandou nenhum recado falando sobre o comportamento acanhado dele em sala. Porém Astolphinho era um aluno genial, sempre três passos a frente dos demais.
Astolphinho passou todo o período escolar assim, tirando boas notas, sendo o melhor aluno da classe, fazendo os melhores trabalhos, apanhando na entrada, na saída e no recreio, sozinho e sem amigos. Mas nunca se queixou disso, com o tempo aprendeu a fugir da maioria das perseguições dos caras do fundão. Não que isso sempre desse certo, mas de certa forma conseguiu evitar alguns empurrões, rasteiras e outras brincadeiras sem-noção do gênero.
Astolphinho cresceu, tornou-se um jovem obsecado nos estudos de explosivos e perfumes. Mudou seu quarto para o porão, onde improvisou um laboratório, onde o cherio e os barulhos de seus experimentos não incomodaria seus pais. Mergulhado entre hidrocarbonetos e toda aquela porra quer ensinam no ensino médio. Ele foi se destacando na faculdade de farmácia.
Astolphinho não sentia falta de amigos nem de uma namorada, suas experiências compensavam a solidão. Numa manhã de sol, Astolphinho foi até a cantina da facul irada para comprar algo para comer. Quando foi passar por uma das mesas um daqueles caras do fundão o reconheceu e foi cumprimenta-lo, chegou a apresentar Astolphinho para seus amigos. Mas ele voltou com a bandeija com um suco de ameixa e um sanduíche natural, o sujeito deu um totózinho no pé dele que caiu em cima do seu lanche.
Astolphinho não agüentou a “brincadeira” e decidiu s vingar. Saiu dali correndo pegou sua bicicleta, que tinha sido alvo de outra “brincadeira” ela estava coberta como uma múmia com papel higiênico, e foi para casa. Chegando lá, puto da cara, entrou no seu quarto/laboratório pegou um tubo de ensaio com um líquido roxo, com uma pipeta colocou uma gota de um outro líquido, que ao entrar em contato com o líquido do tubo de ensaio fez uma nuvem de fumaça.
Astolphinho estava decidido a se vingar, colocou um pequena rola no tubo de ensaio e guardou no bolso e voltou para a facul irada. Subiu pela escada de incêndio até o último andar. Foi até o laboratório e pelos dutos de ar seguiu até o reservatório de água e despejou o que tinha no tubo de ensaio. Disso nunca mais Astolphinho foi visto na facul irada. Porém todos os alunos, funcionários e professores da facul irada que beberam água no bebedouros ficaram sem um fio de cabelo no corpo.
Astolphinho, estava vingado de todas as pegadinhas, sacanagens, brincadeiras e afins que sofreu durante a vida. Porém nem tudo é perfeito, num belo final de tarde Astolphinho estava voltando das Casas China com material para pesquisa, chegando em casa um escorregão idiota, a cabeça no degrau e assim Astolphinho foi para o beleléu!

Fim

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