Eu, como todos (piadinha infame), sei que esse blog é absolutamente autoral. Faço questão que isso seja uma regra, pois só assim posso criar essa exceção. O texto abaixo é do jornalista Juan Saavedra, do blog Flamengonet, e expressa exatamente aquilo que sinto.
(Quando o fundo do poço parece inevitável, é importante agarrarmos em qualquer corda que apareça, mesmo que seja pegadinha do Mallandro)
Aí vai:
Empatia é tudo em qualquer relacionamento. Você bate o olho e faz um julgamento imediato - gosta ou não gosta. A identidade se constrói desse exame, não muito racional, puramente por intuição - o que filosoficamente significa um conhecimento claro, direto, imediato e espontâneo da verdade.
Assim surgem histórias de amor, grandes amizades, parcerias profissionais de sucesso ou mesmo o critério para a escolha de algo chato como um dentista. É desse mesmo modo que nascem os ídolos - não são apenas por causa dos gols, das jogadas espetaculares, da raça ou capacidade de se expressar. Empatia - somente isso.
Na última quinta, quem esteve no Maraca, quem assistiu pela TV, quem tão-somente viu os melhores momentos, testemunhou não só uma vitória heróica sobre o Fluminense ou a conquista de três pontos fundamentais para atenuar uma situação crítica na tabela. Testemunhou aquilo que pode ser o nascimento de um novo ídolo.
Ao vivo, vi Maximiliano Biancuchi em ação por 10 minutos, não mais do que isso, na desastrosa derrota para o Atlético Paranaense. E mesmo atarracado, ele mostrou personalidade. Não se escondeu do jogo e partia para cima, num campo em que o Flamengo quase sempre joga como um menino intimidado.
No Fla-Flu, Maxi fez muito mais do que marcar um belo gol que valeu nossa necessária vitória. Comemorou junto à torcida, exibindo o Manto com orgulho, sem beijinhos para a câmera, sem bajulações ao técnico, sem exibir camiseta. Como deve ser.
Se o baixinho entrará para a nossa galeria de heróis estrangeiros, o tempo há de dizer. A imagem da comemoração do seu primeiro gol com o Manto, no entanto, é promissora e clara. O baixinho soube interpretar o que é jogar no Flamengo. E isso não é pouco.
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