segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Diário

Hoje criei um diário. É uma situação engraçada, parece que você conversa com um espelho. É como contar para alguém aquilo que ele já sabe. Me senti ridículo! Mas, pensei: tantos grandes caras mantiveram um diário a vida toda, por que não eu? Serei um grande cara, e isso é um fato. Não se em que área, mas serei. Talvez das artes, talvez da política. O que importa é que quanto antes eu começar a anotar minhas memórias, mais terei para contar lá no fim. E, não!, ninguém o lerá. Pelo menos por enquanto.
O lado bom é que sempre terá assunto. Todo dia eu faço alguma coisa, nem que seja nada. E comentar o nada dá muito pano pra manga. Uma das coisas que eu espero, com o diário, é divagar e divagar sobre os assuntos mais diversos. Preciso aprender a enrolar as pessoas como faz um bom advogado. Eu aprendi a técnica com a minha amiga Carol: você fala sobre alguma coisa e a repete até que cessem as palavras. É só puxar um assunto e ir escrevendo, escrevendo, escrevendo até que não existam mais palavras com o mesmo sentido para substituir. Aí você muda o sentido totalmente. A idéia é confundir a cabeça das pessoas.
Minha primeira vez num diário foi engraçada. Estou meio tímido ainda. Na verdade to cheio de vergonha de mim mesmo. To aqui contando isso que é justamente para não ficar me olhando pelo reflexo do monitor. Fico pensando "que cara ridículo". Duvido que assim o negócio vá para frente. O que eu vou ter para escrever amanhã? "Ontem contei no DoisCopos dobre minha experiência com um diário"? Realmente é algo ridículo. Espero não me arrepender daqui a 20 anos e jogar tudo na lixeira.
É isso. Eu acho.

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