Hoje não estou estou afim de nada! Não adianta reclamar, pelo menos não hoje porque não estou nem aí. Só porque hoje é sexta feira? E eu com isso? Não me interessa. Hoje só quero saber de mim mesmo. Não irei me importar com ninguém, com nada. Só vou pensar em nada, pois se pensar em mim é pensar em alguma coisa então prefiro não pensar. O mundo pode acabar bem diante dos meus olhos que o máximo que vou fazer é dar de ombros. Afinal não estou nem ai.
Não quero saber o que tem para fazer hoje eu quero que se dane, não me importo. Frio, calor, neve, chuva ou terremoto nem ligo. Hoje sou eu e eu mesmo, mais nada! Todos deviam experimentar, seria o dia do nem aí. Digo mais, deveria ser direito de todos ter um dia desses. Imagine a cena, numa praça qualquer, sem fazer nada, tranqüilo só olhando o horizonte. Mesmo que esse horizonte seja um relógio de flores aquela coisa cheia de flor dentro. E por trás disso um avião cai, o seu esforço máximo é colocar os óculos escuros para proteger a vista.
Outra cena pode ser o sujeito entra no cinema para um filme daqueles “beeem legais” do Steven Segal. Muita ação, tiros, gritos, ciladas e coisas desse tipo de filme e o sujeito na primeira fileira com os pés espichados dormindo tranqüilo da vida. Só interrompido pelos funcionários da limpeza, no final do filme. E eles avisariam que o filme acabou e só ouvirão um; e daí, eu não queria assistir essa droga mesmo.
Não interessa, hoje não quero saber de nada. Aquecimento global, tele-sena, futebol, dinheiro, birita, livro, família, doença, comida, horários o escambau. Hoje não quero saber de mais nada, nem de quem tem seda (como disse Marcelo D2). Não quero ler e nem assistir nada. Nem daquela gostosona do último andar. Não vou ler nenhuma notícia até o fim da matéria, ou melhor hoje não vou ler nem as manchetes. E se alguém vier falar comigo, vai falar com uma parede.
Hoje nem a garotinha ruiva vai me fazer mudar de idéia! Tudo bem, tudo bem, se ela aparecer faço de tudo para manter minha posição, mas ai já não garanto nada.
Fim
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