terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Infidelidade

O Silva (não é parente) deu um desfalque na firma e quando ligou para casa já estava em Orlando, na Flórida. Anunciou que tudo estava bem e que a Dulce da contabilidade estava com ele. Dali a pouco eles entrariam na fila do Space Mountain. A mulher Rosalva começou a chorar e Silva disse:
- Ô boba, não tem perigo nenhum!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Qual é a música

Outro dia depois de uma festa, ainda de ressaca tive que limpar a parada (salão). Então fui eu com balde, vassoura e sacos de lixo para o batente. Kibe o Gari! Muitas latas de cerveja, garrafas vazias, copos sujos, cacos pelos cantos e uma moedinha de cinqüenta centados. Comecei a separar os pertences da galera, tipo um achados e perdidos manja!? E sobrou um CD que não tinha dono e uma garrafa e meia de 51. Coloquei no barato para ver que tinha nele, mas não tinha nada gravado nele. Na hora pensei em que musicas colocar nele.

“Eu fico pelado no quarto vendo a sua foto...” Wander Wildner

Ta bom, ta bom! Não fico pelado, mas eu costumo olhar a sua foto nos meus momentos solitários que eu fico sozinho comigo mesmo. Olho mesmo, por quê vai encarar!?

“Não vou me adaptar” Nando Reis

Camaleão só aquele inimigo do Homem-Aranha que apanhou da Mary Jane. Que otário!

“ Eu que já não quero mais, ser um vencedor. Junto as mãos ao meu redor. Faço o melhor que sou capaz...” Los Hermanos

Querer ser o melhor é cansativo, só irei pensar ser o melhor, quando isso realmente importar para mim mesmo. Vou ser eu mesmo. O melhor eu possível. Sem culpa menhuma!

“Apesar de você. Amanhã há de ser outro dia” Chico Buarque

Não há mal que sempre dure, nem bem que nuca acabe. E é vida que segue.

Alguém tem alguma outra sugestão?

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Não apague a luz

Não, não se vá! Como vai ser minha vida sem você? Sem você o meu sorriso não funciona mais.
De que valeram todas aquelas noites sem dormir? E todos aqueles telefonemas? Será que de nada valeram? Você vai me deixar assim, de repente... sem aviso! Simplesmente acabou, tchau, fui?
Eu quero você, será que não entende? Eu preciso de você! Para onde mais eu vou correr quando a noite estiver vazia e cinzenta? Preciso de você aqui, me envolvendo. Só com você eu sou feliz. Sem você meu sorriso não funciona mais.
Preciso de você para poder apreciar a lua. Preciso de você para poder escutar boas músicas. Preciso de você para ter conversas inteligentes sobre o universo, a política ou sobre nada.
Ao seu lado eu fazia serenatas. Ao seu lado eu fazia recitais. Ao seu lado eu fazia tudo, ou não fazia nada. Pouco importa. O tempo bom que estivemos juntos não pode acabar. Todo aqueles jantares, aqueles saraus, aquelas dançatas. Volta. Estou sozinho precisando de você.
Barroca, sem você meu sorriso não funciona mais.
E tenho dito.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Saudosa Barroca

Dia 01 de dezembro de 2006, Saddam Hussein está com um plano de fuga armado, quando esta tudo pronto para aganhar a liberdade chega um telegrama. Ele lê atentamente, olha para o guarda que o ajudaria na fuga, faz uma cara de desconsolo e volta para sua cama. Perguntado sobre o que tinha no telegrama, Saddam só olha fixamente para o guarda sem dizer nada e deita em sua cama e parece mergulhar em pensamentos.

Dia 01 de dezembro de 2006, o líder da autoridade Palestina e o primeiro ministro de Israel se reunem para selar um acordo de paz. Há anos o mundo esperava por esse momento, um dos conflitos mais sangrentos do Oriente Médio está com os dias contados. Quando de repente assessores dos dois chefes de Estado educadamente entram, cochicham ao pé do ouvido com cada um deles. O palestino e o israelita juntos dizem que a reunião deveria ser adianda. Todos ficaram se perguntando o que estava acontecendo, o que os assessores disseram a eles.

Dia 01 de dezembro de 2006, cientistas prestes a estabilizar um novo combustível que substituirá o petróleo e ainda não poluiria o meio ambiente. É uma operação delicada os cientistas etão exaustos e concentrtados. Qualquer distração pode acabar com o trabalho de anos. Segundo fontes confiáveis do mundo científico em caso de falha, o projeto não poderá ser reiniciado, seria necessário outra pesquisa começando tudo do zero. O Dr. Spirolaw*, químico responsável pela pesquisa recebe um comunicado em seu ‘bip’. Depois de ler a mensagem Spirolaw da um soco na mesa, acabando com todo o projeto que mudaria o mundo paraa sempre. Claramente abatido psicologicamente depois do que ficou sabendo sai sem dar explicações sobre o conteúdo da mensagem.

Dia 01 de dezembro de 2006, o motivo de todo esses acontecimentos está em Curitiba. No bairro Campina do Siqueira em frente ‘Aquela Casa na Esquina’, pertinho da Pegeout o ‘bar e lanches’ mais legal do Brasil nos da uma triste notícia:
O Barroca vai fechar!


*Também não tenho idéia de quem seja o Dr. Spirolaw!

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Marrom Glacê

Outro dia eu pilotava minha magrela pelas ruas da vila de Santa Ifigênia, na Barreirinha. Lá ainda mora minha vó, e foi onde passei toda minha saudosa e querida infância. Aquelas quadras bem desenhadas e suas ruas esburacadas, entretanto paralelas bem definidas – comum a todos os loteamentos da Cohab –, são um convite ao passei de carro. Você se sente como num jogo de video game, num mapa de batalha naval: A-1: água! C-7: couraçado.
Eis que vejo, numa das tantas ruas com sobrenome Geronazzo, um senhor andarilho. Um velho bem velhinho, já corcunda, coitado. Ele estava sujo e visivelmente fedido. Parecia acabado, exausto, mas não parava com suas andanças. Usava um chapéu marrom à la Ventania, uma calça djeãns surrada (marrom) e um chinelo de pneu . A camiseta estava tão suja e velha que parecia marrom. A pele dele era marrom. Os cabelos marrons. Era tão melancólico que sua alma, com certeza, era marrom.
Pensei em conversar com ele, mas não é muito bom abordar transeuntes introspectivos – muitos deles encontraram o sentido da vida, a verdade absoluta, e enlouqueceram (ou desenlouqueceram, sei lá). Ele andava com o olhar fixo no chão, como que se guiando apenas pelas linhas das bordas das ruas. Nada o fazia parar ou desviar sua atenção. Nem os carros que passavam buzinando, nem os ciclistas que invariavelmente o xingavam por não sair da frente. Quando ele passava por pedestres, estes o olhavam com cara de desdém, até um certo nojo. Parecia bêbado, mas de fato estava muito fedido.
Numa subida, o velho dobrou o corpo de tal forma que parecia querer beijar o chão. Se equilibrou e seguiu em direção ao topo. Eu, veloz e atleta que sou, dei um gás para esperá-lo lá em cima. Com a bike devidamente estacionada e duas garrafinhas de água depois, vinha chegando meu amigo transeunte. Estava eu agora decidido a abordá-lo, perguntar quem era e se precisava de alguma ajuda. Já esperava que ele me pedisse dinheiro para uma passagem de volta, ou de ida, pra algum lugar. Ou mesmo uma moeda pra pinguinha.
Mas nem deu tempo. A uns 50 metros de mim tinha uma escola e, naquele exato instante em que o velho se aproximava, foi dado o sinal de fim da aula. Depois daquela dispersão das crianças, ficaram os, hã, jovens do ensino médio naquele conversê pós-aula. Uns deles, malandrões, se juntaram para, com certeza, zoar com o moribundo. De repente o velho parou, estacou, pa-ra-li-sou de fronte ao colégio. Examinou cada janela, cada porta, cada graminha. Parecia um louco tendo uma crise de excentricidade. A piazada até desistiu da zoação e foram todos embora.
A rua esvaziou. Ficamos só nós, eu e o transeunte (ainda olhando para a fachada da escola), naquela imensa ladeira agora deserta. Decidi que chegara a hora de puxar um papo. Quando cheguei perto, o velho se virou e me olhou como fizera com a escola. Examinou cada parte do meu corpo, cada ruga da minha testa. Fiquei sem ação, assustado. Até que ele tirou a mochila, marrom, das costas e se pôs a procurar algo. Juro que nessa hora pensei em fugir, mas ele tinha serenidade no rosto. Um quê de necessidade.
Tirou uma foto velha, amarelada e com as bordas comidas pelo tempo. Me esticou com a mão tremendo, ansiosa. Olhando para aquela figura, de pronto reconheci a escola. Aquela, ali, na nossa frente. Era um foto daquelas de formatura. A gurizada pulando uma sobre as outras, sorrindo por terminar o colegial. O velho me apontou um rapaz franzino, no canto, com seus 30 e poucos anos e sendo ovacionado pelos alunos. De óculos e pasta na mão, definitivamente era o professor, e aquele mais querido pela turma. Então ele apontou para o peito. Apontava o peito e a foto como quem diz: "este sou eu".
Ele pegou a foto de volta e guardou na mochila. Botou ela nas costas e se virou, cambaleando. Saiu andando mais cabisbaixo do que quando chegou. Muito mais bêbado. Muito mais marrom.

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

E o Coletivo levou

Sempre que posso, dou uma olhadinha inocente pela janela para me apaixonar. Normalmente aparece alguma candidata a amor platônico do Kibe, elas costumam aparecer no prédio da frente, na sala do lado, algumas até aqui no trabalho mesmo e a grande maioria dentro do coletivo. Hoje foi diferente, ela estava longe mal conseguia ver o rosto dela. Também ela na rua lá em baixo e eu logo ali, treze andares acima. Mas com meu olhar perdigueiro avistei a moça e pensei: Háááá é essa. (sempre é!)

Cabelo comprido meio ruivo acastanhado, ou algo parecido, vestido marrom claro e um jeitinho que me fez não ver mais ninguém que passava pela rua. Ela segurava uma pasta e plástico em uma mão e na outra um guarda-chuva (Curitiba é uma ‘beleza’), parecia que estava esperando alguém (marido, colega de trabalho, chefe, irmão, mãe, sogra ou sei lá quem). A cada carro que dava seta para a direita, achava que iria pega-la. Mas os carros passavam e nenhum era o que ela esperava.

A ruiva acastanhada dava uma voltinhas em torno dela mesma, demonstrando certa impaciência. Fazia isso com um jeito tão delicado, como se fosse para mim. Nesse momento achei que ela dava aquelas voltinhas para mim mesmo. Minha cabeça é meio doida. Comecei a criar uns dialogos, como se eu estivesse lá com ela.

_Oi!
_Oi!
_Calor né!?


Mas não comecegui pensar em nada interessante. Um coletivo azul da OAB para ela entra, vai embora e nem mais uma voltinha daquelas. Saio da janela cinco minutos depois nem lembro direito de como começou isso. Mais tarde fico pensando qual será a próxima vítima do meu olhar perdigueiro.

Constelação

Eis que surge uma estrela no céu.
Não uma estrela qualquer, como todas as outras. Uma estrela especial.
De tão especial, ela brilha o dia inteiro; faça chuva, faça sol.
E de noite brilha. Bem mais do que as outras.
Você quer dormir, ela não deixa: está sempre acesa, incomoda os olhos.
Durante o dia lá está ela, pairando sua cabeça. Aquela sensação de estar sendo vigiado.
O dia todo a lhe acompanhar.
Não quer mais gostar dela. Ela é irritante!
Mas como?
Beleza igual nunca se viu. Tem uma ubíquidade ao mesmo tempo assustadora e reconfortante.
Já está acostumado com sua luz.
Precisa viver sem ela, mas não quer.
Quer viver sem ela, mas não pode.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Páginas da Vida

Aquele dia eu devia ter entrado à direita. Ou à esquerda. Mas estava tão cansado que acabei indo reto. Imagina ter que dar a seta e ainda virar todo o volante. Era três da madrugada, não tinha mais pique. Na verdade eu pensava que por lá também dava, que também eu ia chegar em casa. De fato cheguei, mas como demorou.
Já no começo fiquei impressionado. Nunca tinha percebido aquela rua por estas bandas. Quantos neons, quanto colorido. As pessoas davam risadas altas e o clima era de festa. Até me animei para dar uma esticadinha na noite. Parei o carro na primeira vaga disponível. Afobado , eu.
O cara já chegou pedindo "cincão pra dar uma olhadinha". Empolgado, dei; afinal a noite ia acabar muito bem, diferente de como começou. Eu já ouvia os batuques, os acordes, a gritaria. Visualizava tudo aquilo, imaginava como ia ser bom. Esqueceria das preocupações e ia apenas dar risadas. Ah... que sabor! Quanta euforia.
Entrei na primeira fila que me apareceu. Já comecei a dançar, beber, conversar. As pessoas eram simpáticas, a bebida gelada. Música boa, clima ideal. Tudo muito perfeito para ser verdade. Aí que tá: fui confundido, com certeza, com algum encrenqueiro que vivia por lá. Me escorraçaram e que eu nunca mais voltasse! Saí da fila totalmente atordoado.
Peguei o carro e segui meu caminho. Segui pela mesma rua. Devia ter feito meia volta e ido pelo caminho certo, mas não tinha nem organizado as idéias ainda. Eis que me surge outra chance, mais uma esperança. Vaga, "cincão", fila. Agora ia dar certo. Era mais uma tentativa, e agora tudo parecia tão mais organizado, tão mais favorável. Mas não. O encrenqueiro devia ser muito assíduo por ali – e deveras parecido comigo. Saí chutado, mais uma vez.
Agora cá estou, nas lamúrias de uma noite mal sucedida. Uma noite que parece não ter mais fim. Que insiste em voltar ao meu pensamento a cada fechar de olhos. Que ao mesmo tempo foi tão boa e tão ruim para minha pessoa. Foi passageira, cara, desgastante. Inesquecível. O pior é que fica perto de casa: vejo as luzes da janela do meu quarto; fecho os olhos e ouço a música; concentrando até lembro do cheiro. Inesquecível.
E tenho dito.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Anarco-punk Psicodélico

Hoje acordei meio anarquista.
Sonhando com um mundo onde todas as pessoas seriam felizes fazendo o que querem, do jeito que querem.
Onde tudo é de todos e, bem, todos podem tudo.
Uma terra sem leis, sem governo, sem impostos, sem bandidos.
Aquela velha e boa utopia.
Mas esse meu sonho é um sonho de sonhador. Maluco que sou, tive de formular conjecturas.
Confesso que fiquei assustado.
E desisti.
Imagina esse mundo. Todos podem fazer o que quiser.
Tá certo que o que é proibido é mais gostoso - e lá nada seria proibido -, mas não se pode dar liberdade assim pro ser humano.
Coitadas das florestas e dos rios. Aquelas devastadas; estes, poluídos.
E quem trabalharia?
Eu que não.
E os caras pegadores? Numa terra sem leis, todas as morenas mais belas seriam deles.
Uh!
Anarquia seria lindo se assim fosse desde o começo. Desde o primeiro macaco evoluído (?).
Ainda é melhor sonhar com um mundo politizado reformado do que um mundo livre.
Um mundo livre s/a.
E tenho dito.

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

O segredo da vida

Nada mais enfadonho do que conversar com um cara certinho, politicamente correto. Daqueles que nunca passaram um trote ou fingiram febre para matar aula. Essa pessoas não têm segredos. São mapeáveis, previsíveis. São como ônibus novos, que acabaram de entrar na linha. No começo são legais, mas com o tempo ficam infinitamente entediantes como todos os antigos. Não há nada a aprender com quem nunca se arriscou.
Todos precisam de segredos. Aquelas pessoas extremamente educadas ou forçadamente simpáticas não são encantadoras. Só a imprevisibilidade é capaz de cativar. O que faz nascer um certo feitiço é justamente a falta de obviedade. Quando se sai para velejar, espera-se algumas ondas. Mar muito calmo só serve para dormir.
A curiosidade é natural do ser humano. Ter tudo de mão beijada perde a graça, facilita as coisas. Amamos o desconhecido de um jeito tão fascinante quanto arriscado - por isso anda-se de kart, escala-se montanhas, faz-se excursão para a Namíbia, come-se fora de casa. São tentativas de conhecer novos temperos que despertem o paladar. Tentativas de atingir aquele ponto na mente até então adormecido.
A atração pelo desconhecido nos faz buscar o indomável. Ninguém quer a garotinha que se entrega totalmente logo de início. O bom mesmo é aquela mulher secreta, fechada, que "nunca te dará bola". Elas fazem com que a imaginação vá às alturas nas suposições das respostas para os seus segredos. Taí o porque Paola Oliveira é apenas mais um esquecível rostinho lindo e Juliana Paes segue como uma semideusa conturbada (e conturbante).
Ter segredos é o efeito de viver intensamente. Tenha saldo negativo um dia. Paquere a moça do caixa. Xingue o bandeirinha deliberadamente - xaveque se for a Márcia Regina. Viva a vida. Se arrisque, porque quem não arrisca não vive. O tempo é sagrado e usufrua dele com paixão. Apenas caminhe lentamente sobre os dias, sem deixar pegadas, rumo à noite, à morte. Morte, esta, que talvez seja o segredo desta vida.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Provocações

Entram perfilados lado a lado as seleções de Inglaterra e Nigéria, quando os jogadores posam para o hino nacional de cada país o narrador com forte sotaque japonês vai falando o nome de cada jogador que aparece no vídeo. No sofá dois grandes amigos cada um com seu controle na mão repete junto co narrador japonês o nome de seus comandados.
Eles se intitulam técnicos das seleções e falam com os jogadores como se realmente pudessem ser ouvidos e mais ainda, que ao ouvirem os jogadores poderiam ser movidos sem o auxilio do controle.
A primeira allfinetada vem do técnico “nigeriano”: -Hummmm esse Seaman, não sei não hein, com esse bigodinho e o rabinho de cavalo. – e cai na risada depois de terminar seu comentário. O técnico “inglês” faz pouco caso e faz de conta que não ouviu.
Começa o jogo a saída de bola é dos ingleses. Beckham adiantado no ataque e Owen dão os primiros toques na bola.
A saída de bola inglesa é manjada, Beckham toca para Owen que rola para Gerrard que vai até a lateral esquerda e lança Owen na corrida. Dito e feito a bola chega ao ataque inglês sem que os nigerianos toquem na bola. O goleiro Hufai sai na bola e Owen toca na saida do goleiro. 1x 0 Inglaterra, um cara ai, o técnico ”inglês” lança sua primeira piadinha contra os nigerianos.
“Nossa acho que eles não comeram nada antes do jogo, talvez já faça algum tempo que eles não comem. Não agüentam nem correr! Sem falar que eles viajaram de jangada até chegar aqui!” cutuca (no bom sentido) o “inglês.
Apesar do jogo ter começado com gol no primeiro lance, o primeiro tempo termina um a zero mesmo.
O técnico “inglês” provoca durante o intervalo para o segundo tempo.“Ééééé amigo a seleção inglesa domina o adversário, os nigerianos por algum motivo não conseguem fazer uma jogada dedente. E qual seria o motivo falat de vitaminas, fome ou o casaço pela viajem de jangada da África à Europa???” comenta o irônico técnico.
Começa a segunda etapa, o time nigeriano faz duas alterações e muda de esquema tático. Enquanto o time inglês é o mesmo que terminou o primeiro tempo.
Aos quinze do segundo tempo, alegria em verde e branco. O atacante Kanu aproveita o vacilo de Ferdinand e toca tranqüilo para o fundo do gol de David Seaman. O técnico “nigeriano” solta a lingüa e larga o verbo. “Toma bando de playboy, Kanuuuuuuuu! Golaço-aço-aço... mas que golaço. Seaman e seu bigodinho nem viram a cor da bola hahahaha...”
O jogo segue tenso chances dos dois lados, o técnico “inglês” parece mais concentrado, já o “nigeriano” é só sorriso e vai falando.
“Uhhhhhhhhh por cima do gol! Kanu quase que vira a partida. A Nigéria vai pondo a inglaterra na roda...” alfinetava o nigeriano, que a essa altura já conseguia irritar seu adversário. O jogo fica violento, Paul Scholles é expulso após uma seqüência de carrinhos maldosos, na tentativa de tirar os atacantes nigerianos do jogo.
E segue a provocação do treinador “nigeriano”. “Quareeeeeeeeenta minutos do segundo tempo. Será que teremos prorrogação!? Só da Nigéria no jogo, é uma injustiça o esse placar.” O técnico inglês retruca. “Mas como fala o Falastrão técnico da Malásia (como costumava chamar a Nigéria propositalmente)” o treinador da Nigéria sentiu o golpe, ele não imaginava que com uma frase seu amigo poderia desfazer a pressão psicológica que ele tentava impor.
Porém após um escanteio mal cobrado, Gerrard rouba a bola na entrada da área inglesa passa por um nigeriano e antes que outro chegue perto ele lança Owen que entra sozinho e faz o segundo gol inglês e decreta a vitória inglesa. O troco das provocações do treinador inglês vem logo após o apito final. “Triunfa a Nobreza! Deu a lógica! O futebol sério venceu. O time da Malásia volta desolado e ainda com fome.” Esbraveja o “inglês”.
O sarro final foi o que viria com o tempo ser o tradicional canto da vitória dos ingleses sobre a ‘Malásia’. “Volta de jangada Ô Ôôôô!!! Volta de jangada Ô Ôôôô!!!”

*Eu até acho que seria ético eu escrever de um jogo que eu não ganhei também. Mas para o bem do meu ego eu deixei para depois.

**Deicado aos meus amigos Joel (‘ex-Malasiano’ atualmente Holandês) e Rodrigo (treinador “argentino” e do resto do mundo), relembrando os clássicos mais emocionantes dedes o Campeonato japonês do Playstation até os WinningEleven recentes.

Para ler ouvindo 'o telefone tocou novamente'

Ela:Alô!
Um cara ai: Oi tudo bem?
Ela: Quem está falando?
Um cara ai: Sou eu.
Ela: Ahhhh! Nossa nem tinha reconhecido a sua voz.
Um cara ai: Hehe...
Ela: Eu estava saindo do banho. E ai como vai?
Um cara ai: Ah eu to bem, e você?
Ela: Bem também.
Um cara ai: Eu preciso de uma coisa.
Ela: Ah é.
Um cara ai: É sim.
Ela: Pode falar.
Um cara ai: Lembra quando você falava de um cara que era pior que o Hitler!?
Ela: O Eichmann!?
Um cara ai: É! Esse mesmo.
Ela: Que tem ele.
Um cara ai: É que eu vou fazer uma prova e preciso saber como se escreve Eichmann.
Ela:Ah espera ai....
Um cara ai: Certo.
Ela: Hummm, eu teria que ver no meu caderno do ano passado.
Um cara ai: Não precisa se incomodar. Eu dou um jeito.
Ela:Não não espere. Eu acho aqui.
Um cara ai: Melhor não. Eu não quero te incomodar.
Ela: Sério?
Um cara ai: Sério!
Ela: Ah então tá!
Um cara ai: É... Obrigado. Não esquente. Eu me viro aqui.
Ela:Tudo bem, mas qualquer coisa me ligue.
Um cara ai: Pode deixar. Eu ligo
*desligo o telefone.

Burro, burro, burro, mas muito burro...eu queria falar um pouco mais com ela. Queria contar como realmente estão as coisas. Perguntar como vão as coisas dela, saber o que ela tem feito sei lá qualquer coisa. Queria ter falado mais com ela.
É por isso que eu digo: Não passe vontade!

Ps: Escrevi aqui no post ‘Eichmann’ depois que encontrei por acaso o nome do distinto senhor que era o responsável pela logística do extermínio de pessoas durante o Holocausto.

Manual de sobrevivência

E se você fosse jogado numa ilha deserta? Pra ficar uns quinze dias, tipo reality show. Eles te dariam o direito de escolher apenas um objeto a lhe acompanhar. Um só e não adianta chorar. Nada de escolher algo coletivo ou multi-uso. O que você levaria? Supondo, claro, que as regras do jogo são: sobreviva quinze dias e ganhe um milhão de dólares (mais convites para os inúmeros eventos da noite carioca, uma semana no castelo de Caras e capa de Playboy e/ou G Magazine).
Há os aventureiros que escolheriam um canivete. Escoteiros e marinheiros prefeririam uma corda. Os caras das forças armadas iriam com suas Ar-15. Homer Simpson com sua televisão (porque uma cerveja Duff só ia ser pouco). A socialite gostaria do seu celular, ou talvez o seu gatinho persa. Se pá, o playboy partiria com sua prancha de surf para abalar com as minas. Tem até o piadista que diria: me mandem um bombril, com suas mil e uma utilidades. Tudo besteira.
Ela é a única coisa no mundo que você pode polir, lixar, cortar, furar, raspar, comer, cavar, refletir, conduzir eletrecidade, brincar, matar, beber, se proteger e fazer fogo sendo uma pessoa normal. Se você for MacGyver, Jack Bauer, Batman e afins, a lista de utilidades tende ao infinito. Agora pasmem: este objeto não está a venda no Polishop. Pelo menos eu nunca vi. E desta vez não é uma daquelas mensagens de pseudo-auto-ajuda que eu andei escrevendo. Vou ser duro e direto (ui): eu levaria uma colher.
Colher de sopa.
E tenho dito.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Breves elucidações de uma mente (já) sem esperança

Quer ser feliz? Não seja como eu.
Não que eu seja totalmente triste, mas é que não sou feliz o suficiente. Pelo menos não tanto quanto gostaria.
Quando você tiver problemas, conte pra alguém. Eleja um e conte tudo. Desde aquela cola na faculdade até a dívida de 200 pratas. Eu não faço isso.
Quando tiver uma paixão, qualquer uma, fale pra ela. Conte pra todo mundo. Ponha no jornal. Não vai fazer diferença se você falar agora ou amanhã.
Sorria, dê risada. Mas não ria de tudo, para não passar por bobo. Ou ria de tudo e seja um bobo feliz. E leia os livros de auto ajuda: eles são mais engraçados do que o Zorra Total.
Abrace sua mãe, seu tio, seu cachorro. Abrace você mesmo se sentir vontade.
Siga meus conselhos. Fazer o contrário de mim deve ser a fórmula certa da felicidade.
Odeio aqueles dias em que a verdade vem à tona.
E tenho dito.

sábado, 4 de novembro de 2006

Bilhetinho

Certo dia o pequeno Bel estava no caminho da escola, quando encontrou um bilhetinho. Ele Guardou o bilhete no bolso e foi para a aula. No meio da aula de matemática o pequeno Bel se lembrou do bilhete, no momento em que foi abrir o bilhete a professora Stacy grita: Beeeeeellll muleque fulero da porra, me da aqui esse bilhete agora.
Bel sempre foi um garoto educado e nunca teve chamada a sua atenção durante a auala. Meio com vergonha ele se elvanta e entrega o bilhete na mão da professora Stacy. Ela abre o bilhete e aos berros põe o pequeno Bel para fora da sala. Ele vai para a diretoria ter uma "palavrinha" com a diretora Ana Júlia.
A diretora pede para ver o bilhete, o pequeno Bel com cara de choro entrega o bilhete a ela e aos berros é mandado para casa. chegando em casa a Mãe do pequeno Bel, Dona Stacy mesmo nome da professora, acha estranho o fato de ele estar em casa antes da hora. O pequeno Bel explica o que houve e a Mãe dele pede para ver o que tem no bilhete.
Ao ler o bilhete Dona Stacy (a mãe dele) começa a chorar e chama o grande Bel, pai do pequeno Bel. Ela entrega o bilhete para o marido que antes de ler o bilhete acalma a esposa, mas ela chora muito e não consegue olhar no rosto do pequeno Bel.
O grande Bel lê o bilhete e em um acesso de raiva mete um tiro na cabeça do garoto. O pequeno Bel desencarna e vai para o céu. Na entrada do paraíso São Pedro, muito gentil, pergunta ao garoto como ele tinha morrido e disse que depois que contasse o acontecido ele poderia entrar e passar a eternidade no céu. E pequeno Bel começa a contar como foi parar ali: Olha Seo São Pedro, eu estava indo para a aula e achei esse bilhetinho aqui no chão. Antes de eu ler a professora Stacy pediu para ver o bilhete, depois que ela leu ficou brava e me mandou para a diretora, que depois de ler o bilhete me mandou para casa. Em casa a mamãe leu o bilhete e começou a chorar e contou para o meu pai. Ele leu o bilhete ficou malucão e me deu um tiro na testa.
São Pedro pede o bilhete, depois de ler ele sem titubear manda o pequeno Bel para "o andar de baixo". Chegando lá o Carcará Sanguinolento pergunta o que houve para ele ter sido mandado para lá. Depois de explicar o Carcará Sanguinolento pede para ver o bilhete, mas no momento em que toca no bilhete com sua mão de brasa o bilhete se queima.
Fim!

segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Comparações

É como DREHER, que desce macio e reanima.
Ou como a mulher de fases: complicada e perfeitinha.
Como uma caneta estourada: com esfoço, dá até pra se divertir.
Como aula de ciência política, onde você aprende mais quanto mais nervoso fica.
Piscina vazia: não serve pra nada, mas tem grande potencial.
Mosquito da praia: irrita (muito). Mas quando é eliminado dá um orgulho danado ao carrasco.
Juliana Paes: não existe, mas é muito bom.
Funk: não deveria existir. Mas já que existe, saiba usá-lo em seu favor.
Cueca apertada: incomoda, mas é a última opção.
Sexo, drogas e Rock'n Roll: tchup, tchup, manja?
E tenho dito (sob efeito de drogas).

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Velhos Amigos

- Oi Cara!
- oi! qto tempo! como eh q vc tah?
- Ah, eu to bem. E você?
- td susse! fazendo o q da vida?
- Hoje em dia nada, to meio parado. Peguei férias, sabe... E desculpa a demora para escrever, mas é que eu to com uma dorzinha no dedo.
- eh mesmo? pq essa dor, hein?
- O médico disse que é efeito da cirurgia. Logo passa...
- cirurgia? o que vc fez?
- É que depois do acidente eu fiquei com algumas sequelas no rosto. Tive que corrigir.
- acidente...?
- É! Aquele quando o cara da ambulância que levava o Marcelo bateu no poste. Eu também tava junto. Foi tenso, cara.
- o marcelo? q aconteceu com ele?
- Pois é... O cara é guerreiro. Sobreviveu da queda e do acidente.
- mas q queda?
- Do balão! A gente tentou fugir da prisão com um balão improvisado e ele desequilibrou.
- ave maria... prisão? o q vcs fizeram?
- Nada. Eles confundiram a gente com o pessoal do circo.
- ahh o circo...
- Cirque du Soleil. A gente tava naquela apresentação de Chicago.
- mas chicago? vcs dois?
- É. Isso foi antes da República Checa. Várias aventuras.
- rapaz.. precisamos mesmo conversar! vou na sua casa agora!
- Venha mesmo! Pelo que eu sei, o próximo vôo sai daí de São Paulo as 21h30. Melhor se apressar!
- voo? onde vc tah?
- Em Lima, no Peru. Mas não por muito tempo.
- ah, q confusao! eu to na lan house e meu tempo tah acabando... a gente se fala depois. falo
- Tá certo. Na saída, vê se olha pra cabine 23. Eu também to na lan-house. Não reconheçe mais os amigos?

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Auto ajuda

Divirta-se. Sorria até com o sol te acordando no domingo.
Quando não achar o controle da televisão, dê risada. Levante-se rindo para trocar o canal. Ou melhor: desligue-a e vá ler um livro, uma revista, um gibi, uma bula de remédio.
Aprenda com os erros dos outros antes de cometer os seus. Releve se os seus forem invitáveis. Existem tantos problemas tão maiores e ninguém dá atenção. Quando comparados àqueles que envolvem toda uma classe, problemas de uma pessoa só são muito, muito pequenos.
Pense mais. Cumprimente seu vizinho. Chame a tia da cantina pelo nome.
São coisas pequenas que fazem a vida mais alegre; que fazem esquecer a louça suja esperando na pia.
Abrace o irmão. Abrace o amigo. Abrace o colega. Abrace aquele cara que você acabou de conhecer. É a melhor forma de pegar as energias de uma pessoa. Me ensinaram isso outro dia: quando abraçamos, os timos se encontram e trocam energias. Pode ser balela, mas desde então considero o abraço um belo - belíssimo - gesto fraternal.
A vida é cheia de problemas. Dane-se. Eles são como as crianças que ficam querendo aparecer para os priminhos. Quanto menos atenção, mais fácil de acalmá-los. E não que isso implique em total falta de interesse. Só se dedica o necessário para não os perder de vista.
Não quero escrever um 100 segredos das pessoas felizes ou como viver alegre e contente, mas sorrir é muito funcional. Dá ânimo. Dá força.
Aproveite seu tempo por aqui, não se sabe quanto ele vai durar.
A vida não é curta. Você é que fica morto tempo demais.
E tenho dito.

terça-feira, 17 de outubro de 2006

Cara ou coroa?

Queria saber distinguir o certo do errado. Saber fazer escolhas é fundamental para se viver. Aventuras são legais. Fundamentais, eu diria. Sendo elas boas ou ruins, são, no mínimo, inesquecíveis. Mas cansa. Quero viver a minha vida em paz. Quero um milhão de amigos, quero irmão e irmãs. Quero descer pelo menos um pouco da gangorra pra tomar uma água.
Depois eu volto.
A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida. É você estar no lugar certo na hora certa. E não adianta dizer que não. As coisas só funcionam quando são assim.
Você tem que fazer escolhas. Acordar ou não. Tomar banho ou não. Arroz e feijão ou macarrão? Não fazer escolhas é uma escolha. Quero saber fazê-las. Quero acertar todas daqui pra frente. Não dá mais pra viver assim, só errando.
Apelando para a religião: que Deus me dê o poder de decidir meu futuro com sabedoria.
E tenho dito.

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

O Pacote

Nada mais vergonhoso do que tropeçar em público, escorregar na balada, cair na frente de pessoas que você não conhece. Essas realmente são situações nas quais normalmente tem-se a vontade se sumir, pois a vergonha nos deixa tão impotentes a ponto de não conseguirmos ter dominio sobre as ações tomadas depois do tombo.

As reações são tomadas irracionalmente, ninguém pensa em fingir após um tombo, que está sentindo muitas dores, ou da aquela corridinha boba depois de um tropeço. Isso é instinto, reflexo talves. Tive uma reação dessas outro dia, sábado passado para ser mais exato.

Tinha acabado de chegar no boteco com meus amigos, pedimos duas geladas e começamos a “prosear”. O boteco estava cheio, a conversa estava boa quando de repente, não mais que de repente. Tenho a sensação de estar em outro lugar, o tempo parecia correr mais lento. As pessoas que estavam no bar sumiram, meus amigos sumiram, a mesa sumiu. Não sabia onde estava!!!

Nunca acreditei em abdução, mas naquele instante fiquei com uma ponta de dúvida. Como pode as coisas sumirem de repente. Não estava sentindo os pés, até que as coisas voltam a aparecer. A mesa, os amigos, as pessoas e o chão. Eu cai, a cadeira em que sentei estava escangalhada. A miserável da cadeira estava podre. Eu tomei um pacote, não um pacote qualquer, um pacotasso.

Do meu lado as pessoas parciam preocupadas, acredito que o barulho foi alto. Na minha frente a Marina e o Paulo estavam com um misto de preocupação e riso no rosto. Fiquei bolado, não sabia o que falar. O tempo ainda estava correndo lentamente, me levanto, olho para acadeira canalha. Tento pensar em alguma coisa, mas minha cabeça só me diz; caraca eu cai, caraca eu cai, caraca eu cai... Merda, merda, merda, merda... fudeu me ferrei... Vergonha, vergonha...

Não adiantava eu tentar agir racionalmente, mas não consegui. A maioria das pessoas olhando para mim. Se não fosse a grande quantidade de malanina teria ficado vermelho, muito vermelho de vergonha. Ninguém falou nada até que quebrei o silêncio do lugar. Olho para a mesa do lado onde dois casais estavam e digo: Ahhhh ta é pegadinha isso né! Onde está a cãmera?

O riso foi geral! Nem eu agüentei e cai na risada

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Soneto da (des)inspiração

Tento escrever, mas nada me ocorre
Já faz meia hora e o papel ta em branco
Já não sou mais o mesmo, virei santo?
A solução de outro dia era tomar mais um porre

Faço rimas ridículas, alguém me socorre!
Queria falar sobre a vida, mas não vivi tanto
Ou até de paixão, mas já perdeu o encanto
A solução de outro dia era tomar mais um porre

Estou bem cansado, preciso deitar
E até para isso tenho um grande problema
Já sei até mesmo com o que vou sonhar

Para não passar batido e um recado deixar
Vou ser bem sutil, espero que entenda
Já sei até mesmo com quem vou sonhar

sábado, 7 de outubro de 2006

Gosto não se discute. A gente lamenta!

Outro dia voltando da hora do almoço, meu camarada Bógus me convidou para comprar uns doces. Na entrada da loja tinha uma espécie de balaio de cds em promoção. Tinha cd de todo tipo de Tim Maia à Cauby, de Zé Ramalho à Tonico e Tinoco. Isso queria dizer que se eu quisesse algo teria que procurar bem procurado.
Sem preguiça comecei a revirar os cds sem interesse no começo. Mas foram aparecendo uma coisas boas. Mas nada que me fizesse aproveitar a bagatela de 10 mangos por cd. Até que o Bógus me mostra um do Jorge Ben, do começo da sua carreira.

- O Kibe, você não estava cantando essa musica aqui hoje!? (Bógus)
- Carai!(eu)

Não pensei duas vezes, peguei mais algumas e sai. Chegando no trabalho, o camarada que trabalha na mesma sala que eu estava ouvindo musicas que infelizmente não agradavam. Sabe aquelas musicas de filmes dos anos oitenta, tipo Top Gun, Karatê Kid, Um Tira da Pesada... Lámentavel!Eu ali doido para ouvir a minha aquisição e o figura todo alegre com as "baladas lovers" da sessão da tarde.
Nessas horas eu penso que gosto é igual a bunda todo mundo tem o seu.

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Kibe voltando

Depois de um período ausente das minhas obrigações bloguísticas, volto com disposição. Vi que o Sr. Dimas tem mantido isso aqui fuincionando. E muito bem diga-se de passagem. O rapaz é um talento.

Agora volto aqui depois do meu (nosso) Mengão socar 4x1 nas tricoletes, alegria da Nação. Mas vamos ao post.

Como minha inspitração não anda lá grande coisa, vou fazer uma versão de um post do meu camarada de copo.

Coisas que incomodam:

O Flamengo perder.

Esquecer as chaves de casa na gaveta do trabalho.

Chegar atrasado e pegar o elevador com o chefe.

Ficar com frio e não levantar e pegar outro cobertor, por preguiça.

Aqueles garfinhos de plástico (os da cantina da faculdade).

Pergunta no final da aula.

Chuveiro frio.

Bem na minha vez de pegar café o açucareiro estar vazio.

Gripe e dor-de-cabeça.

Logo eu volto.
Passar bem!

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

O Velho e a Flor

Seu Rui é um velhinho daqueles bem velhinhos mesmo. Diz que está no auge dos seus 83 anos de experiência, mas não tem certeza. Tem histórias para completar uns três livros de capa dura e daquelas edições de colecionador. Ele conta os causos mais interessantes e absurdos. Alguns deles, com certeza, inventados.

Outro dia estávamos eu e ele conversando na varanda. Papo vai, papo vem... Aquele chimarrão pra esquentar o céu da boca... Eis que surge aquele assunto que aflige a raça masculina: Garotas (ou Brotos, como diria Rui). Confesso que me achava até certo ponto entendido do assunto, mas a sabedoria do velho foi encantadora. Percebendo meu estado de lassidão, o velho mandou ensinamentos que agora tento, espero que não seja em vão, repassar. Eu sei que é bem mais complexo do que isso, mas ele fez um belo resumo.

“A paixão é antagônica das loucuras humanas. Não acontece à primeira vista. É o simples fato de duas pessoas se olharem do jeito certo, na hora certa e no lugar certo. No começo se manifesta sempre igual. A euforia, o desejo e, se correspondido, mesmo que de forma vil, a alegria exacerbada. O dualismo surge na segunda etapa.

A segunda etapa é quando vocês não estão mais juntos. Você pensa nela o tempo todo. Quer vê-la o tempo todo (pior: vocês se vêem o tempo todo) e não sabe o que fazer quando estão juntos. Quer beijá-la a qualquer custo, só que tem medo que a reação bote tudo a perder. Ficar sem ela não dá. Você odeia o fato de não estarem juntos, mas sorri secretamente quando a vê feliz. Querer, nesse caso, não é poder.”

Sábio Rui.

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Alegrias, alegriazinhas espontâneas (parte 1)

- Futebol com os amigos;
- Arroz, feijão, batata-frita e bife;
- Abraço;
- Vozinhas;
- Pufes de espuma;
- Aquele seu sorriso;
- Música;
- Sol com brisa;
- Juliana Paes;
- Cerveja.

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Soneto da Separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silêncioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

terça-feira, 19 de setembro de 2006

Voto limpo, voto triste

Em tempo de eleição, é comum aparecerem cartilhas orientando a nós, eleitores, como votar. Vira e mexe saí uma nova cartilha da igreja, de um sindicato ou de uma federação pedindo atenção na hora da escolha. Salvo aquelas dicas, sempre essenciais, que puxam a sardinha para o lado dos autores, o teor de cada manual é sempre o mesmo: “verifique o histórico do candidato, avalie bem as propostas, conheça aliados, identifique a ideologia do partido, etc.”. Simples assim.
Mas, cá entre nós, como se faz para saber do histórico dos candidatos? Eu conheço duas opções simples e rápidas: ver o currículo do figura através de seu site na internet ou procurar o que dizem seus adversários pelos programas por aí afora. Em uma delas, tudo é perfeito: Candidato formado em não-sei-o-que na Faculdade não-sei-das-quantas – duas vezes –, com participações em tantos governos e com mais mil projetos aprovados no Congresso Nacional. Tudo muito bom, tudo muito bem. Já do outro lado, dizem que ele foi cúmplice de tal e tal escândalo, acusado de n crimes e ladrão, ladrão, ladrão. O que fazer?
Podem-se colocar os dois lados na balança e avaliar. A disputa é dura, injusta, e o lado acusador sempre vence. As pessoas são propensas a desacreditar em políticos e ainda a odiá-los com todas as forças. Isso facilita a desmoralização do aspirante. As propostas são sempre as mesmas, desde sempre e para todos os candidatos. Aliados são subjetivos, são todos e nenhum ao mesmo tempo. Tudo depende de como andam as pesquisas. Como então achar o candidato honesto? Afinal, existe cartilha definitiva sobre eleições? Existe. E, calma, vou lhes contar.
Vote no candidato triste, principalmente se ele busca a reeleição. Quanto mais acabado melhor. Aquelas rugas de preocupação são essenciais. Mais olheira, mais honesto. Isso é óbvio! Como dizem por aí, não se faz política sem colocar a mão na sujeira. E como pode alguém revolver toda aquela porcaria e ainda sair por aí distribuindo sorrisos? Vote no candidato triste, abatido. Aquele que põe a mão lá e não esconde seus sentimentos. Isso é honestidade. Aquele que é político não porque gosta, mas porque alguém tem que ser.
Demos um basta nos políticos felizes. Aqueles que roubam nosso dinheiro e saem rindo por aí da nossa cara. Se forem roubar, ótimo. Mas que pelo menos finjam que isso é de extremo desgosto, um desprazer inenarrável. Político bom é político honesto. E pra ser honesto nessa política que vemos por aí, só sendo muito triste mesmo.

domingo, 10 de setembro de 2006

Atrasar dez minutos é o mesmo que meia hora

Acordar cedo é algo que realmente exige paciência e dedicação, todos os dia de segunda a sexta é a mesma luta. O celular com aquela musiquinha mais chata que de dez em dez minutos me azucrina, e a televisão com um volume alto, também programada para ligar cedinho.
Agora quando a celular está sem bateria, e por forças do além a televisão por algum motivo desconhecido deixa de me acordar. É certeza que vou ter um dia daqueles, sei que vou sair correndo e vou esquecer de alguma coisa importante, sair do portão e ter que voltar porque esqueci as chaves, esqueço a carteira e assim por diante.
Mas dessa vez eu me recusei a sair correndo, quando saio correndo sempre da algo errado.Levantei meia hora atrasado e fui tomar meu banho tranqüilão.Tomei café numa boa, dei uma olhadinha no Bom Dia Brasil e sai tranqüilamente.
Na rua uma vizinha que tinha ido levar o filho na escola me pergunta, “atrasado hoje?”. Numa fração de segundo penso em uma resposta bem mal-educada, mas só respondo que sim. Chego no ponto do coletivo, “tchans”, o bonde passa e eu fiquei um pouco bolado. Sem crise, entro na banca de jornal, compro umas balas e um gibi do Homem-Aranha.
Talvez pelo horário o trânsito fluiu mais rápido que o normal, diminuindo um pouco o tempo do meu atraso.
Quase chegando no trabalho vou pensando na bronca da “Chefa”. Sei que é clichê, mas quando eu chegava cedo ela não tava lá e quando eu chegava cinco minutos mais tarde sempre ela tinha chego uns dez minutos antes. Meu atraso era de vinte minutos, quando eu vou abrir a porta, ela a “Chefa” abre aporta como se estivesse me esperando. Já esperando o “blábláblá” ela me diz bom dia, e diz que só tava dando uma olhada na rua. Quando eu arrumava as minhas coisas na mesa achando que não teria que ouvir aquela “missa” ela chega de mansinho e começa o falatório: “... e se tem algum cliente que vem cedo aqui e não tem ninguém pra atender bláblá...”.
Dessa vez eu nem me importei porque ela tinha alguma razão, mas me preocupei muito menos do que quando eu saia correndo e chegava dois minutos atrasado e ouvia o mesmo discurso. No final da tarde disse isso a ela. E ela ficou meio sem jeito e disse que tudo bem, que ela mesma sabia que falava demais.Depois disso parei de atropelar a coisas que tenho que fazer no dia.

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Rumando à Brasília

Alguma coisa acontece no meu coração na esquina lá da Visconde com a Barão. Com toda a licença poética, é nesse endereço que fica a Câmara Municipal de Curitiba, meu reduto antagônico de todos os dias. É onde tenho momentos de grande prazer e muitos (muitos) outros de nervosismo contido.
Contido porque, graças, eu me controlo.
Lá é como quando você vai visitar os parentes naquela cidade do interior de Minas, com seus aproximadamente sete mil habitantes.
Você chega geralmente na quinta feira à tarde, logo depois do almoço. Tudo é tão lindo. Desde aquele ar puríssimo (exceto quando passa um trator “cruzando” a cidade) até os velhos e suas partidas de dominó NA praça. Além disso, às 14 horas até o (pseudo) comércio está fechado para a siesta.
Na sexta feira é melhor ainda. Você acorda cedo com o cheiro do café da tia. O leite foi tirado ali, na hora. Que sabor! Pássaros cantam incessantemente no pomar ao lado da janela atraindo os cachorros que correm e latem como se nunca tivessem sido soltos antes. Que cheiros agradáveis. Que sons agradáveis.
Sábado o dia é igual. Aqueles sons, cheiros e sabores tudo de novo. “Que delícia...essa semana vai ser mais do que agradável”. Na hora de ir no mercadinho repor as coisas da casa você passa a mão na chave do trator e vai pagando de fazendeiro. Está até pensando em se mudar definitivamente pra lá.
Na segunda feira você diz: “esses passarinhos são umas gracinhas né? Piam o dia todinho”. E fica o dia todinho falando dos pios dos passarinhos. Fora os cachorros que agora passam o dia no canil. Você disse pro Vô Leopoldo que é por medo de eles atacarem as crianças. Isso sem falar que sua família já fez tour pela cidade trocentas vezes. De bicicleta, a pé, a cavalo e trator, este por duas vezes. E city-tour parecia a coisa mais interessante a se fazer por lá.
Terça feira é irritante. Aquele leite é cheio de nata e o café forte demais. Sua mulher não agüenta mais as histórias da Vó e as crianças já brincaram até com as emas da chácara ao lado. E ainda faltam três dias!
Quarta feira. É o fim! Ninguém agüenta mais aquele lugar. Dão aquela velha desculpa de dar uma “escapadinha até Brasília” e somem pra nunca mais voltar. Os contras superaram os prós.

Na Câmara eu to mais ou menos no domingo. Acho que mais uns três anos nesse emprego eu vou ter que fugir pra Brasília.

Cueca

Sabe aquelas situações em que você se vê enrolado, e não sabe como sair dela!? Mas o pior é quando você tenta lembrar de como entrou nessa situação. Esse é o problema do meu pior pesadelo. APARECER NO MEIO DA AULA SÓ DE CUECA. Não sei como, mas isso me persegue.
A primeira vez, eu estava na segunda série. Lembro-me das meninas rindo no meu sonho, dos colegas me apontando e eu tentando abaixar a camiseta para esconder que estava só de cueca no meio da aula. Mal sabia que era só o começo.
A segunda vez foi na sexta série. Só que o cenário era outro, dessa vez eu “apareci” na educação física. Acordei atormetado, achei que era demais estar acontecendo aquilo de novo. Não contei pra ninguém que tive esse pesadelo. Mas passei dias achando que aquilo tinha acontecido de verdade, só não entendia porque ninguém comentava comigo.
A última vez que tive o pesadelo de aparecer de cueca no meio da aula, foi quando eu estava no terceiro ano do ensino médio. Porém essa foi a pior de todas as vezes, não sei porque, masfoi a mais real. Era semana de provas, nunca fui muito de estudar, e eu estava preocupado com uma prova de matemática do dia seguinte. Na noite de véspera da prova de matemática, como das outras vezes esse tipo de sonho não tem começo. Eu já estava dentro do colégio. Entro na sala e todos já estavam lá, o professor olha pra mim e diz: tudo bem chegar atrasado, mas aparecer só de cueca não dá!
O riso foi geral, me deu viontade de sair voando, mas a única coisa que fiz foi sair correndo. Passei pelas inspetoras que me seguiram. Atravessei o pátio, pulei a grade e consegui despistar as inspetoras. O gênio aqui se escondeu atras de um carro no estacionamento dos professores. O pesadelo foi ficando angustiante, porque sempre tinha alguém por perto quando eu pensava em sair de tras dos carros. Alguns instantes depois uam inspetora me pega pelo braço, eu já não resisti e ouvi o professor me chamar. Entregue naquela situação, só de cueca dentro do colégio. Achando que já tinha visto aquela cena, melembrei das outras duas vezes, e acordo com meu pai me chamando para levantar que tinha que ir para a aula.

domingo, 3 de setembro de 2006