quinta-feira, 26 de abril de 2007

A mãe da namorada

- Saco meu dia está uma droga.
- Aconteceu alguma coisa?
- Sei lá esta dando tudo errado.
- Você quer falar sobre isso?
- Não.
- Então vamos fazer alguma coisa, o que acha?
- Boa idéia, estou precisando mesmo.
- E ai, o que você gostaria de fazer.
- Sei lá. Tenho que comprar um presente para minha sogra.
- Se precisar de ajuda, sabia que sou o queridinho da sogrona.
- Haha... você é uma comédia.
- Sério cara minha sogra me ama. Faz tudo para me agradar, nem parece sogra.
- Como assim cara? Po a minha só falta arrancar meus olhos enquanto estou dormindo.
- Mas é tão ruim assim?
- Acho que ela só não arrancou meus olhos ainda, porque não arrumou uma boa desculpa para a Bruna.
- E ela lhe trata mal na frente da Bruna?
- Quando estamos juntos e a sogra aparece, fica um clima pesado. Climão mesmo ta ligado?
- Sei sei, mas e quando, sei lá, a Bruna vai ao banheiro ou quando só está você e ela no mesmo lugar?
- Malandro, aquela mulher considera mais a baba do cavalo do que eu. Outro dia eu estava esperando a Bruna e acabei pegando no sono, foi só um cochilinho rápido. Quando eu acordei vi a sogrinha querida com uma tesoura de jardim me olhando com uma cara de psicopata.
- Caceta maluco, e você ainda tem coragem de freqüentar a casa dessa louca?
- Po, é casa da Bruna também.Mas você vai esperar esse doida te arrancar um pedaço...
- Ui!
- Hahaha... to falando sério. Vai que ela te faz alguma coisa.
- Sei lá meu.
- Tem que tomar cuidado.
- Me conta qual o segredo para uma relação no mínimo civilizada com a sogra.
- Sabe cara, é até engraçado.
- Fala ai meu.
- Cara, foi na segunda vez que fui na casa da Aline. A Dona Lúcia estava sozinha, a Aline tinha se atrasado na aula de inglês, e quando ela abriu a porta pensei que fosse a namorada e fui entregando um presente que tinha comprado para a Aline. Só que meio apressado entreguei na mão errada.
- Mas era só avisar que não era para ela.
- Não deu tempo cara, ela já foi abrindo e agradecendo. "Nossa Wesley, não precisava!" ela falava repetidamente.
- Caraca meu que situação.
- Pois é, na hora fiquei com pena de contar que não era para ela.
- Haha...
- Ta mas , o que era o presente?
- Um dvd do Wando e uma caixa de bombom.
- Você ta brincando!?
- Não estou não. Queria fazer uma brincadeira com a Aline e o tiro saiu pela culatra.
- Mas ela gostou tanto assim?
- Cara a mulher é fãzona do galã do "meu iá-iá meu iô-iô".
- Mas e ai, e o presente da Aline?
- Inventei um jantar, disse para a Aline que iria leva-la para jantar e tals.
- E a sogra?
- Achou que eu estivesse interessado nela.
- Como é que é?
- Isso ai que eu te falei.
- Ah fala sério!?
- To falando, a Dona Lúcia achou que eu estava passando um sambarylove nela.
- Hey cara, olha aquela mulher no carro azul ali. Acho que ela te conhece.
- Caraca malandro, é a dona Lúcia.
- Noooooooossaaaa... como você tem coragem de chamar aquela gostosa de Dona Lúcia.
- O meu, ela é a mãe da Aline, lembra!?
- Que fosse mãe do papa.
- Seu pervertido.
- Oi Wesley, Aline pediu para avisar que vai com o pai dela a avó dela na rodoviária. E quer que você espere ela lá em casa.
- Tudo bem Dona Lúcia, obrigado por avisar.
- O que é isso? Já disse para não me chamar de dona. O que seu amigo vai pensar?
- Certo Lúcia, já já eu vou para lá.
- Eu te espero, te dou carona. Te espero no carro.
- Meu neurônio, Wesley seu puto, já pegou a sogra né???
- O que é isso meu!? Capaz!
- Fala, juro que não conto pra ninguém. Fala meu...
- Ta bom, mas foi só uma vez.
- A minha sogra querendo me matar e o cara ai todo prosa. Também com uma sogra essa era Wando todo dia.

Fim

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