sexta-feira, 20 de abril de 2007

Elas

7 anos

Carolina, por ela eu fazia meus desenhos (helicópteros, carros e bonecos de palito). Ela era a única garota da sala (1ª série) que tinha um estojo tipo do James Bond, com apontador, régua, tesoura e tudo mais tudo acoplado. Foi a primeira garota a andar de mãos dadas comigo. Mesmo que por longos 8 segundos escondidinhos atrás da escola no recreio. Estudamos juntos até a metade da 3ª série, depois ela se mudou. Nunca mais a vi.

10 anos

Ana, a Aninha foi quem me deu o meu primeiro beijo. Adorava os aniversários da minha prima Andréia, melhor amiga da Ana, sempre rolavam umas brincadeiras bacanas. Casamento atrás da porta, verdade ou desfio (na versão ‘for kids’) e outra que inventavam na hora. Mas a Ana foi o primeiro beijo e nunca mais. Dizem que foi para um colégio interno e virou freira. Eu hein!


12 anos

Daniela, o segundo beijo e uma coisa que eu não imaginava que as garotas faziam. A Danizinha, como era chamada, beliscou minha bunda. Hoje ela trabalha como promoter de uma casa noturna e hoje vive com sua namorada em São Paulo.


14 anos

Vanessa, me ajudou a descobrir que a diferença entre meninos e meninas não era só que a garotas não sabem jogar bola e só se preocupam em como ser igual as suas amiguinhas. Vi que meninos e meninas eram diferentes mas por um motivo muito mas nobre. Vanessa foi meu primeiro quase.


16 anos

Mariana, finalmente aprendi o que é bom na vida. Mas também descobri que ainda tinha muito o que aprender. Ah Mariana Mariana... você merecia uma estátua!


17 anos

Cláudia, a professora de química. Com ela aprendi o que é ser usado por uma mulher mais velha e experiente.


18 anos

Camila, a primeira namorada. Tudo nela era uma beleza, até o ciume que ela tinha sua doçura. Como disse o poeta desconhecido: quando o garoto sente o cheiro da brilhantina, depois disso ele nunca mais será o mesmo! E não fui mesmo, foram dois anos de fidelidade e amor eterno, até que acabou. Fiquei sabendo que ela casou com um cara que canta numa banda de forró lá no Piauí.


20 – 27 anos (auge da minha boemia)

Regina, Cláudia (a professora), Marcela, Ana Maria, Ana Tereza, Ana Cláudia, Raquel, Melissa, Tatiana, Flávia, Leila, Francine, Patricia, Luana, Jaqueline, Mara, Alice, Isabela, Isadora, Paula, Bianca, Roberta, Cátia, Simone, Luciane, Laura e mais as que não lembro o nome. Foi um tempo bom, não da para negar.


30 anos

Marília, tinha quase os mesmo gostos que eu, comida, cores, livros, filmes, esportes... Tudo a gente concordava em tudo. Adivinha!? Claro que eu casei com ela, sabe aquela coisa imbecil de sossegar na vida, para de putaria, ser sério e tals... Nós combinávamos até que um ano depois de casados acabou...


68 anos

Márcia, essa mulher cuida de mim. Esta comigo desde a hora que acordo, é ela quem faz minha comida e me põe para dormir. Ela é minha enfermeira. Mas ahhhh se eu tivesse meus 20. Ah se eu tivesse...


Fim

Um comentário:

Anônimo disse...

Kibe..pensei que a janelinha tivesse sido importante na sua vida...mas tudo bem....