segunda-feira, 23 de abril de 2007

Maria

Sem ela não seria a mesma coisa:
- Ó Maria, volte! – Implorava sob a sacada.
- Não enche, Paco. Já falei que não quero mais.
- Ora, o que aconteceu? Porque está fazendo isso?
Como ela não respondeu, Paco catou suas coisas pelo chão e saiu, cabisbaixo. Na pracinha, encontrou Abu, o árabe:
- Oi Abu. Cara, a casa caiu: Maria não quer mais.
- Batata?
- Batata.
- E agora? O que você vai fazer?
- Ah, vou atrás de outra. Acho que a Pati aceita. Vou ligar pra ela.

A Competição
Estavam as seis equipe alinhadas no front. O time de Paco contava com Abu, Tito, Polenta e, finalmente, Pati. Era uma daquelas corridas de aventura, e o juiz deu a largada:
- Equipes: exigimos, acima de tudo, respeito. Em suas marcas... Vão!
Aquela correria. Paco planejou ganhar tempo na primeira etapa, com as bicicletas. Formaram uma fila com Polenta na dianteira, que disse:
- Paco, viu quem tá na equipe do Aloízio?
- Não. Quem?
- Maria.
- Maria? A minha Maria? A nossa Maria?
- Pois é.
Então Paco caiu de sua bicicleta. A partir desse dia, sempre que podia, mandava a dupla Aloízio-Maria aos diabos.

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