terça-feira, 25 de setembro de 2007

Todo ódio da vingança de Jack Portier

O ódio é um sentimento que se traduz em pequenas ações. O ato de fúria, mortal, é só o ápice de toda ira acumulada com o tempo. Aquele suspiro prolongado depois de ver seu desafeto ou o soco na porta após uma longa discussão são apenas pequenos gravetos jogados na chama da cólera. A vingança é um prato que se come quente – muito quente.
Deixe criar a primeira desavença com um colega de trabalho para que aquilo se torne ódio. Você começa achando ridículas as piadas que ele manda pelo mensageiro; depois tem asco por qualquer apresentação de power point por ele jogada na pasta compartilhada; em dado momento, sente raiva cada vez que ele pede duas colheres de açúcar para a moça do café; acha repugnate a forma com que ele toma água; por fim, tem execração ao coelho que ele insiste em manter como fundo de tela.
Sujeito asqueroso.
Isso prejudica a relação. Você pode ser um bom profissional – não se nega a entrar numa reunião em que ele esteja presente nem a fazer um trabalho em que se exija "sinergia" entre os envolvidos. Mas toda ação por ele realizada provoca uma reação em seu coração que faz o sangue subir até a cabeça a mais ou menos 200ºC. Você torce para que o trabalho dê errado só para poder botar a culpa nele. Anseia por uma bazuca carregada cada vez que o porco chauvinista pede água com gás e sem gelo.
PAM! PAM! PAM!
Isso não é um relato pessoal. Desgraçado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse título me parece familiar...