quinta-feira, 13 de setembro de 2007

As invenções, dia 2

Me sinto como um neo-atleta olhando cabisbaixo para a estante de anilhas e pesos de uma academia. Eu sei que preciso fazer o supino, mas a série de ontem fui muito puxada. Ainda me dói o tríceps, o trapézio e o pâncreas – esse, talvez, pela porção de mandioca com bacon que comi depois da aula. Falta ânimo, mas sou otimista. Sei que é necessário um esforço hoje para obter a redenção amanhã. Portanto, vamos às invenções.
 Imaginemos uma ressaca. Daquelas bravas, cruéis. Daquelas em que arde o lado esquerdo do cérebro só pelo fato de abrir os olhos. Daquelas em que a língua, de tão seca, estala no céu da boca a qualquer movimento. O que é mais necessário nesse momento – além das altas doses de paracetamol 500 mg – em o mundo parece se apoiar sobre a sua cabeça? Água. Muita água.
No mundo em que vivemos, beber água da torneira é quase um suicídio. Altas doses de coliformes fecais e afins só esperam o momento certo para atacar. Sorvê-los é um crime contra o corpo, o que, para muitos, é o único bem próprio. Então o que fazer? Viva a Ouro Fino! Água mineral, produto saudável e – ainda – abundante. Mas não é essa a invenção que desejo adorar.
Vejamos: boca seca, dor de cabeça, enjôo, cabo de guarda-chuva. Pra piorar você vai tomar água quente? Eca. Graças a Baco inventaram o bebedouro refrigerado. A água sai geladinha, a qualquer hora do dia ou da noite. Isso sim é uma invenção de arromba. Água limpa e gelada, sem ter que abrir a porta da geladeira e sofrer com aquela luz na cara. Viva o bebedouro refrigerado!
Melhor ainda é tê-lo no próprio quarto.

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