terça-feira, 12 de junho de 2007

Mercado Negro

Olá!
Olá!
Tudo bem?
Tudo!
Trouxe?
Sim, esta aqui comigo.
Calma, melhor irmos para outro lugar.
Certo, alguém pode nos ver aqui.
Pegue o carro, dê a volta na quadra e pare do outro lado. Estarei te
esperando.
Mas e essa chuva toda?
Você é de açúcar?
Tudo bem.
Hey cara, proteja isso.
Não enche cara.
Hunf! Isso vale um nota preta.
Ta bom, ta bom.

Como combinado, eles se encontram no carro do outro lado da rua.

Ahhh que chuva hein!
Nem fale cara.
Então, cadê?
Cadê a grana.
Não confia nem nos amigos?
Amigos amigos, negócios a parte.
Ta certo, aqui a grana.
Se importa em contar para conferir.
Cara você não sabe como isso me irrita.
Qual é meu, isso aqui vale muito.
Eu sei, mas na terceira série você era menos desconfiado.
Terceira série...bons tempos.
Aqui ó... cem, duzentos trezentos, quatrocentos, quinhentos, seiscentos,
setecentos, oitocentos, novecentos, mil, mil e cem, mil e
duzentos(...)dois mil (...) pronto, três mil pratas!
Bom, bom, muito bom.
Agora me dá aqui, quero ver se é tudo aquilo que você me disse.
Toma aqui ó, quer um babador?
Palhaço. Nossa bem embalado com plástico de proteção.
Sabe como sou cuidadoso com meus negócios.
Que beleza, material de primeira.
E muito raro. Mais do que raro, esse aqui é único.
Negócio fechado?
Fechado.
Me deixe ali na esquina do outro lado da quadra de casa. Não quero que
me vejam.
Certo.
Aqui esta bom.
Foi bom rever você.
Quando tiver outro material deste mesmo cacife me avise.
Não é todo dia que consigo os rascunhos originais de quando o Stan Lee
estava criando o Homem Aranha.

Fim

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