terça-feira, 1 de abril de 2008

Prazer, Maycon Dimas

Já não é mais segredo pra ninguém que o que eu almejo é o sucesso. Por enquanto apenas almejo, não o busco, mas isso é outra história. O fato é que espero encarecidamente que meu nome seja citado como expoente da literatura mundial no item "Brasil" do livro que será escrito quando já não houverem mais países no mundo. Sim, um dia já não haverão mais países no mundo, seremos uma nação só; a língua será o inglês, a religião muçulmana e a moeda... Bem, a moeda provavelmente será sal, como no Egito antigo. Mas isso, pessoal, e papo para outra crônica.

O primeiro passo para eu alcançar o sucesso – fora buscá-lo, claro – é mudar de nome. Ou alguém aqui acha que Maycon Dimas é um nome que alcançaria a fama? Alguém consegue imaginar o título "Novo livro de Maycon Dimas é sucesso de público e crítica" na capa do Caderno 2 do Estadão? Tenho uma pá de nomes no meu RG, mas ainda não encontrei uma solução mercadologicamente aceitável.

Minha teoria é que o nome decide mais da metade do sucesso da pessoa. O talento às vezes ajuda, claro, mas não adianta você iniciar uma carreira de ator com o nome artístico José da Silva. Simplesmente não vai pegar. Ainda não descobri a fórmula exata para um nome cair na boca do povo, mas prometo que um dia farei um estudo empírico sobre isso.

Lembro-me de um rapaz que conheci há uns 7 anos mais ou menos. Jogávamos futebol no colégio e ele barbarizava. Arrasava. Com a bola nos pés, pendia do seu lábio a baba elástica e bovina de quem sabe tratar a pequena (citação rodrigueana). Dizíamos "vá tentar ser profissional, meu chapa! Você é bom nisso". Ele foi. Com méritos, foi aprovado no Coritiba. Era o destaque dos juniores e tudo mais. Seu nome? Pedro Moreira, conhece? Era assim que o chamávamos, e desse jeito ele não foi nada além daquele "piazão dos juniores que joga bem". Assim como se continuasse insistindo no nome não seria muito mais do que um bom ponta-direita num time qualquer do Mato Grosso do Sul. Só que ele mudou seu nome de guerra para Pedro Ken. O resto da história muita gente conhece (o que certamente não aconteceria com o tal Pedro Moreira – talvez em Portugal).

Dizem que a numerologia pode ajudar nisso. Não sei não, mas alguma lógica eles devem ter encontrado. A Claudia Leitte, por exemplo, era apenas Claudia Leite antes de ir a uma numeróloga. Mandaram-na por mais um "t" no sobrenome e deu no que deu: essa praga que ganha toneladas de dinheiro cantando qualquer coisa que vem na cabeça.

Numa conversa que tive outro dia na ágora brasileira – o bar – sobre esse assunto, quiseram me provar que o nome parece que influencia no sucesso porque só conhecemos a pessoa depois que seu nome já está disseminado na opinião pública. Em outras palavras, queriam me provar que nos acostumamos com qualquer nome depois que ele aparece insistentemente no jornal. Digo que não, não e não, e posso provar. As meninas que me perdoem, mas o assunto agora é futebol.

Tenho dois exemplos. O primeiro é Alan, um neguinho que jogava nos juniores do Mengão junto com o Ibson, há uns cinco ou seis anos. Ele simplesmente esmirilhava no inúmeros campeonatos sub-qualquer-coisa que existiam. Jogava de meia-armador (bicha) e só o que sabia fazer é dar infinitos gols para os atancantes. Acho até que era o centroavante dessa época era o Adriano. Mas qual era o problema do Alan? Oh, sim, ele se chama Alan. Ou alguém aí acha que o Barcelona vai querer comprar um cara chamado simplesmente de Alan? Só para constar, dizem que ele ainda joga uma barbaridade, mas está num time, se não me engano, da segunda divisão da Noruega.

O outro exemplo é o portuga Cristiano Ronaldo. Conheci-o num mundial sub-17 qualquer em que ele jogou brilhantemente como um príncipe etíope de rancho (citação rodrigueana). Depois ainda o vi em um ou outro jogo do Sporting, mas ele não foi nada de tão fenomenal. Só que o cara se chama Cristiano Ronaldo. Sei lá, combina; dá para entender? Ainda mais na camisa, quando está escrito só C. Ronaldo. Hoje ele é craque, mas quando foi pro Manchester era apenas mais um bom jogador do campeonato português. Só que ele se chama Cristiano Ronaldo.

Maycon Dimas Olveira dos Santos. Cinco reais para quem achar uma solução economicamente sustentável.

3 comentários:

Anônimo disse...

Seguinte, sempre achei uma solução abreviar os dois primeiros nomes e usar o sobrenome em seguida, tipo: João Calixto Neves, viraria, J.C Neves, se for publicitário ainda pode ser Jotacê Neves, fica cool e retrô ao mesmo tempo. Há também a possibilidade de deixar o primeiro nome e abreviar os seguintes. Lá vai: Flávio Alvares Santos, ficaria. Flávio A.S. ou de uma forma mais mercadológica, Flávio Aesse. No seu caso poderíamos fazer, M.D Oesse ou Maycon DOS (algo meio cibernético). O blog de vcs é massa. valeu. Pablo Quintana de Alcântara

Anônimo disse...

Maycon DOS hahahaahahahaha
Jotacê é uma ótema tbm hahaha

Anônimo disse...

Pablo Quintana de Alcântara- ele nao precisa dessas soluções né? hahaha. Engraçado eu acabar lendo justo essa aqui, meu nome é Jacqueline Evelyn Bertoldi Segalin! será que serve de consolo??