quarta-feira, 19 de março de 2008

Quase um déjà vu

Foi ócio, admito. Minha semana (essa que passou) foi de completo ócio. Mas, como dizem, foi o tal do ócio produtivo. E ócio produtivo, no meu caso, significa MUITA leitura. E isso não é especialmente bom.

A cada livro que leio, fico impressionado. Me atento principalmente aos clássicos, é certo, mas – raios! – como podem escrever coisas tão boas? Cada página é um verdadeiro chute no saco. Acho que tudo que valia a pena ser escrito já foi. Será possível escrever algo tão bom ou melhor do que Dom Quixote? Acho improvável.

Não há mais nada de novo a ser escrito. O futuro nos reserva apenas releituras de velhos clássicos. É o fim da história (sem trocadilho). No mundo nada se cria, na se destrói; tudo se transforma.

O mesmo vale para a produção musical. As músicas vêm sendo sistematicamente catalogadas desde pouco mais de 400 anos. E num mundo extremamente burocrático como o nosso, o que não está catalogado não existe. A inspiração nunca irá acabar? Não seria o funk uma prova de que a produção musical de qualidade está em vias de extinção? Provavelmente no futuro só teremos versões de antigos clássicos.

Aliás, será que esse texto já não foi escrito antes?

Um comentário:

Eduardo Macarios disse...

eu discordo Dimas! ta, os clássicos são os clássicos. mas tem muito mais. tente esse cara Jonathan Saffrar Foer, ou um tal de Sufjan Stevens, em música, se quiser ler ou ouvir algo que acredito que foi criado, e nao transformado! mas tente antes que seja destruido!

to pensando em fazer um blog/diario de viagem, a moda agora eh pegar templates prontos do blogger neh ?? no "nosso tempo" era diferente! haha
abracos