domingo, 11 de março de 2007

Série NR - Mulher de um Cara

Todos os dias as 7h57 ela aparecia dobrando a esquina em minha direção. Do ponto do ônibus eu a via, sempre de cabelo amarrado mostrando alguma letra oriental no pescoço. E que pescoço lindo.
Ela sabia que eu deixava de pegar o coletivo para ir junto com ela. Ficávamos naquele jogo de olhar, de sedução. Certo dia ela apareceu de mãos dadas com um cara. Aquilo me deixou a beira da depressão.
Dois dias depois, a malandra apareceu com outro rapaz. E assim foi, um cara diferente por semana. Até que numa manhã chuvosa de terça-feira oferecia ela uma carona no meu guarda-chuva. Gabi. Gabi foi como ela se apresentou. Fiquei confiante e a chamei para sair. Fiquei puto. Ela me disse que era casada e que o marido me conhecia.
Ela só saía com estranhos.

3 comentários:

Anônimo disse...

Alexandre, este texto é auto biográfico?

Unknown disse...

Não é auto biográfico não, senão esta caceta seria um diario. O que não teria muita graça. Pelo menos no meu caso não seria.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.