segunda-feira, 28 de julho de 2008

Minhas férias: revolta às aulas

Faltam apenas algumas horas para que minhas aulas recomecem e só tenho uma coisa a dizer: ainda que a contragosto, volto a estudar com o sentimento de dever cumprido. Se férias existe para esquecer os problemas, deixar de lado as preocupações e não fazer nada que envolva a faculdade, eu fui mais do que bem sucedido. Garanto que se existisse uma olimpíada de preguiça esta medalha com certeza já estaria no papo.

Nestas minhas míseras e rápidas duas semanas de férias não viajei e nem fiz nada de extravagante. Meu dia se resumia a esperar o relógio marcar 19h e pensar aliviado que "a esta hora eu deveria estar na sala ouvindo um professor mala tentando me ensinar alguma coisa", e então sair para jogar videogame. Eu era o mais puro retrato do ócio improdutivo. O que pudesse fazer para não fazer nada, fazia.

Li uma infinidade de livros durante minhas férias. Três, para ser mais exato. Em duas semanas, três livros é coisa para velocista. Se eu conseguisse manter esse ritmo em épocas escolares, seria a única pessoa do mundo  a conseguir ler todos os livros que os professores indicam. Claro que é uma coisa humanamente impossível, e pela primeira vez numa volta às aulas não irei prometer fazê-la. Também não prometo estudar e nem passar de ano no terceiro bimestre, diga-se de passagem. Vou ser realista ao menos uma vez.

Mas se posso recomeçar o ano com uma certeza, esta é a de que meu segundo semestre vai ser sinistro. As preocupações estão ainda maiores e nada do que eu tinha programado fazer nas férias para adiantar o serviço deu certo. Muito disso se deve ao fato de minhas opções de entretenimentos estarem sempre ali, à mão, só esperando um apertar de botão para serem usadas. É videogame, rádio, internet, microondas... Definitivamente esses aparelhos eletrônicos são um atraso no desenvolvimento humano.

Enfim, de qualquer forma estou descansado de corpo e alma. Pronto para outra, diria Pereira, meu ex-vizinho otimista. Minha cabeça está vazia vazia, de braços e neurônios abertos para o estresse, a preocupação e o cansaço. Agora é a hora de dormir cada vez menos, ler cada vez mais e me divertir exatamente o mesmo tanto porque ninguém é de ferro, nem o Ironman. E é bom que o Flamengo recomece a ganhar os jogos logo, porque senão esse será mais um motivo para que eu cometa o meu próprio homicídio.

Um comentário:

Guylherme Custódio disse...

Como não posso assinar contigo esse texto, me resumo à assinar em baixo (literalmente).