quinta-feira, 3 de julho de 2008

A casa caiu

Pois bem, o castelinho de areia caiu. Por uma semana inteira, ouvimos o falastrão Renigth Gaúcho falando que o Fluminense era campeão, que a Libertadores estava no papo entre outras sandices típicas do treinador. Olha que gosto de fanfarronices futebolísticas, incomoda quem não torce para o time dele. Mas convenhamos, é muito bacana quando algum jogador, técnico ou dirigente do seu time esculacha o adversário antes de um clássico ou de uma decisão.

Porém (ahhh porém), isso é uma faca de dois gumes. Ao passo que você faz uma graça para a sua torcida, está dando asa pra cobra do lado adversário. Pois o lado adversário pode tomar duas atitudes; ou entram na provocação e rebatem também com ironia e provocações, ou ignoram (aparentemente) fazem aquele discurso do “respeitamos o adversário e blábláblá” e internamente usam isso como motivação, que é onde mora o perigo. Confesso que o legal mesmo, é esculachar o adversário e ganhar.

Mas na decisão da Libertadores 2008, o fanfarrão Renigth passou da conta. E como vovó já dizia “de galinha não faz mal a ninguém” e o Fluminense foi com tudo pra cima da valente Liga Desportiva Universitária (parece o Galvão falando) antes do jogo começar. E quando começou... TCHARAN... LDU sapecou 1x0 neles. Tudo bem o time do Renigth marcou três gols, o Thiago Neves (outro fanfarrão) jogou o fino da bola e tudo caminhava para a festa tricolor. Estava construído o castelo de areia. E a base deste castelo começou na virada de mesa em 1996, ou será que todo mundo esqueceu? Eu não.

E foi feita justiça, Cevallos o goleiro que inspirou pouca confiança nos que simpatizaram pela valente LDU, foi o herói da conquista equatoriana. Defendeu três cobranças de pênalti, não teve nenhuma cobrança para fora ou na trave. Cevallos defendeu mesmo! E ainda demonstrou malandragem, na cobrança do Thiago Neves, logo ele que barbarizou o jogo todo, tirando totalmente a concentração do meia de ligação (hehehe...) tricolor.

Já eram quase uma da madrugada e fui dormir satisfeito, pensei em tripudiar como fizeram quando o Mais Querido fez aquele papelão diante do América do México, mas achei melhor ficar no sapatinho. Pois assim amanhã ainda vou acordar líder do campeonato, enquanto outros acordarão de um pesadelo na lanterna e com a cabeça inchada. É a casa caiu!

Fim

2 comentários:

Pablo Alcântara disse...

Caros amigos, como diria o mestre Jimi Hendrix, "castles made of sand melts into the sea... eventually". Ou então, como diria a molecada da minha rua: "foi doce". Muito bom o blog, os textos. Leio sempre. Abraços.

Unknown disse...

Alá, como diria um camarada lá da vila... Alá quem tá de volta! Kibe, o Kibe Magnifíco depois de muitos e muitos dia de volta a esta espelunca! E chegou com tudo, usando o meia de ligação e tudo mais. Como diria eu -- em outros tempos --, agora vai.

Cabe uma intervenção flamenguistica nesse seu comentário. Cristian, o virtuose Cristian, camisa 16 do nosso Mengão, disse que o Flamengo não é cavalo paraguaio porque não é o Botafogo. Odeio quando fazem isso.