Kaká, o lindo, manifestou outro dia interesse em se tornar capitão do Milan. "E eu com isso?", você deve estar se perguntando. É que isso, eu respondo, pode significar o fim do sonho do hexa brasileiro na África do Sul.
Exageros à parte, vamos pegar a história do começo: Ricardo Izecson dos Santos Leite, vulgo Kaká. 25 anos, craque de garbo e elegância e estrela mundial do Milan. Ganhou recentemente a Bola de Ouro da revista France Football e com certeza absolutíssima será escolhido o melhor jogador do ano pela Fifa. Porque, então, me preocupa esta famigerada declaração?
Ora, ser capitão de um time como o Milan credencia-o instantaneamente a ser capitão da Seleção Brasileira. E é aí que mora o perigo.
Ele afundar o time italiano não tem problema nenhum. Não quero nem saber de AC Milan, a não ser em jogos contra o Vasco. Mas, como todos sabem, sou um dos últimos torcedores do escrete canarinho. Sou uma das últimas pessoas no mundo que pára tudo o que está fazendo para ver o Brasil Sub-15 contra o selecionado de Andorra válido pela preliminar da semi-final da taça Octávio Pinto Guimarães.
Tem uma leitora ao meu lado que me dá ardidos tapas e pergunta o que tanto eu tenho contra Kaká, o lindo. Respondo já.
Kaká é um dos maiores jogadores que já vi jogar. Não se compara com Romário, claro, mas é craque. Quando pega na bola, não há quem segure. Acho que ele é mais rápido que o Asafa Powell e mais forte que o Minotauro. Chuta que é uma beleza, de onde estiver. Dá passes com um primor que poucos conseguem. Mas Kaká não pode nunca ser um capitão.
Ele casou aos 23 anos, virgem. Já disse que pretende se tornar pastor quando parar de jogar. Vai à igreja – Renascer em Cristo, não riam – todo domingo. Não dá porrada em ninguém. Nunca foi expulso por reclamação. Nunca deu uma cotovelada maldosa. Kaká não pode ser capitão. Kaká não fala palavrão!
Imagina ele pedindo por favor para o volante marcar direito? Dizendo "Deus te abençoe" a cada bom cruzamento dos laterais? Implorando que o juiz seja justo e expulse o adversário? Não dá! Capitão tem que ser macho, viril, assassino. Tem que xingar o gandula que demorou pra repor a bola. Tem que chutar o baço do zagueiro adversário quando este estiver no chão. Capitão não pode ser queridinho.
Uns dirão que o Lúcio também vai à igreja e é todo meiguinho com a filha. Ok!, mas o Lúcio tem cara de ser mitológico. O Lúcio mete medo só com uma encarada. Ele poderia ser mudo que já daria para um bom capitão (sem trocadilho). Já o Kaká... Bem, o Kaká é o Kaká, né. O lindo.
2 comentários:
Huhauahauahuahuah
Concordo plenamente!!!
Sensacional!
Incrível!
Que belo pensamento!
Totalmente apoiado!
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