Quem tiver unhas sobrando eu compro. Nem meus dedos mais são suficientes. Há tempo não sinto uma expectativa assim, capaz de provocar uma auto-mutilação. Talvez porque há tempos não tenho obrigações durante o dia e podia me ocupar somente com o Mengão. Agora não. Agora tenho outras coisas para fazer e posso dizer: é complicado fazê-las sem tirar o jogo da cabeça.
Talvez esse seja um vício meio bobo, torcer para um time de futebol. Os caras nem sabem quem eu sou! E, mais do que isso, a maioria ali não quer nem saber do time, só do dinheiro. Mas só quem é Flamengo sabe que essa paixão não tem explicação. Não há como dizer, como fazem os torcedores dos times menores, onde foi que tudo começou. Simplesmente começou, e uma vez Flamengo, Flamengo até morrer.
Hoje de noite tem mais uma batalha. O jogo mais importante do ano até agora. Ganhar dos gambás mal-vestidos é necessidade, pelo bem do futebol brasileiro. A vantagem já foi construída no pantanal instalado no Maraca semana passada, agora os caras precisam ter consciência de que o ataque é que é a melhor defesa. Basta fazer um gol para obrigar os sem-passaporte a fazer três. E com Ronaldo pesando a balança pro nosso lado todo mundo sabe que isso é impossível.
Mais uma vez estaremos aqui fazendo a nossa parte. Os dois mil guerreiros que vão agüentar a pressão lá no Paulo Machado de Carvalho merecem menção honrosa, mas hoje todo e qualquer torcedor, em qualquer canto do Brasil, será fundamental. Seja no estádio, pela TV ou com o ouvido colado no radinho de pilha, o importante é passar energia positiva.
Papel de torcedor é esse, apoiar não importa as intempéries. Deixa que no campo o Império do Amor resolve.
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