terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Qualidade? Me engana que eu gosto!

Nas férias fui para o interior. E é comum ouvir que alimentos colhidos do pé, como o feijão, o milho, as alface e couve ou o leite tirado da vaca, são muito melhores dos que os produtos comprados na “cidade”. Pois bem, a dona da casa que nos hospedou, muito simpática e que a todo instante me perguntava se eu precisava de alguma coisa, se queria algo. Muito acolhedora e atenciosa, me senti a vontade lá.

Numa tarde, quando já pensava no faria a noite, ela me ofereceu um café. Aceitei e disse que o café era muito bom, forte e era diferente do que costumo beber no trabalho ou aquele que minha mãe faz. “Mas esse é café puro” ela me disse. Mas calma ai, como assim esse é puro? Se o café que compramos no mercado vem até com selo de qualidade na embalagem. Perguntei a ela se o café que compro no mercado não é café.

Rindo ela me disse que “aquele café tem de tudo, até palha da folha de café tem”, ai fiquei bolado. Me disse ainda que o café de verdade (aquele que é só grão café torrado e moído) é o que é exportado. E que nós tomamos esse café com palha de folha de café, porque a folha de café, depois de um processo fica com gosto de café. Mas não é a mesma coisa que o grão do café, torrado e moído. Ai fiquei bolado, me perguntando para que raio alguém coloca um selo de QUALIDADE em algo que não é 100% o que está no rótulo.

Depois disso essa história de que o café, o pão e outro produtos da fazenda, da roça ou dos mato (como diz meu pai) são melhores que os produtos industrializados, para mim agora é lei. Se o café que vai até a folha entre outros condimentos, nem quero imaginar o que tem no leite que vendem aqui. Fora a soda que já é de conhecimento público. Vai saber se é de vaca mesmo.

Fim

Nenhum comentário: