segunda-feira, 23 de julho de 2012

Até logo, Natalino

Joel Santana se foi. Tarde, muito tarde. Sua demissão estava prevista há meses, quando primeiramente cogitaram esse nome para dirigir o time do Flamengo. Ele não tem e jamais teve calibre para isso. Valeu, das vezes que valeu, apenas pelo seu caráter folclórico, mas deixou o time muito mais na mão do que em situação confortável. Até quando saiu sem ser demitido -- para assumir o tim da África do Sul -- o fez de maneira bisonha, tatuando para sempre nos corações rubros-negro a marca do América mexicano goleando em pleno Maracanã. Ou seja, Joel se foi, e foi tarde, mas para começo de conversa nunca deveria sequer ter vindo.

Não é preciso discorrer aqui neste espaço tão nobre sobre todas as sujeiradas que acontecem nos corredores da Gávea. Aliás, do futebol brasileiro em geral: até o SPFC, que outro dia se dizia um time de primeiro mundo desconfortável por jogar a pobretona Libertadores da América ao invés da Champions League, anda mostrando suas escusas ligações com gente da pior espécie. A nossa versão do esporte bretão é mais maculada do que o banheiro masculino do setor de visitantes do Caranguejão, e olha que isso não é pouco.

O que quer que se faça agora no Flamengo, enfim, será meramente paliativo. Demitir o Joel é apenas mais um dos tantos vacilos dessa diretoria -- não por mandá-lo embora, mas por contratá-lo --, que será seguida no fim do ano por outra diretoria cometedora de atrocidades ainda maiores. Reclamar não vai mudar nada, lamentar menos ainda e nesse caso nem agir será de alguma ajuda. O futebol é assim, o futebol brasileiro é ainda pior e o Mengão, coitado, é o mais emblemático exemplo de como mesmo estando em um mar de excrementos ainda é perfeitamente possível se destacar negativamente.

Até logo, Joel Natalino Santana. Daqui a alguns anos você volta como salvador da pátria.

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